•22:31
Todas as mulheres - independentemente da raça, cor, cultura, estrutura corporal - têm em comum o ventre.
Muitas podem ter o corpo de mulher e não se sentirem femininas.
Outras podem ter retirado seus ventres ao deixar nas mãos de terceiros a gestão dos seus corpos.

A maioria pode sentir medo de Ser mulher por vários motivos machistas.

Ainda outras podem sentir nojo de Ser mulher por sangrar todo mês.

Outras ainda têm vergonha da sua carne, da sua intimidade.
Mas inevitavelmente todas somos mulheres.

Cada uma com seu Dom, que muitas vezes nem sabem que tem, e que precisa urgentemente ser despertado.

Acredito que mesmo sem descobrir sua vocação, todas têm em comum outra coisa: o balanço das ancas. Pois nos desenvolvemos dentro do útero embaladas pelo toque do coração, no tum-tum da energia viva, que vibra.

Ao nos lembrar das batidas e movimentos, nos transportamos através da nossa memória celular para as nossas ancestrais, que dançavam com o ventre para ajudar na hora do parto, que nos seus períodos menstruais dançavam em celebração ao sangue, que em todos os rituais de nascimento ou de passagem faziam rodas de dança e movimentavam seus corpos sagrados em reverência e agradecimento à Grande Mãe Natureza.

Estamos, então, relembrando o movimento sagrado de Ser mulher, agradecendo por esta condição feminina, de trazer para o mundo o nosso balanço, fluindo com as águas internas dentro de nós, firmando passos no chão como a solidez de uma pedra, ondulando como serpente na imensidão do horizonte e despertando para vida através do fogo sagrado que nos habita.
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